sexta-feira, 20 de julho de 2012

Semana 2. Dia 1.

Aii já é Quinta-Feira, 9h e eu a estagiar. Uma manhã igual a tantas outras, quente. Mas ligeiramente mais suave. Hoje voltei a uma velha prática que tinha durante a licenciatura. Comecei a utilizar de novo o Ipod. O Shuffle. Aquela miniatura que nem ecrã tem, cinzento prateado e com uma capacidade de 2 gigas. Para mim chega e sobra. Não tenho por hábito ter mais de 10 músicas nele.
Foi diferente a passagem pela cidade, hoje. Estava acompanhado por música que tinha seleccionado na noite anterior. Além disso, quando estou em modo “Shuffle”, tenho um andar ainda mais apressado que o normal em mim. Sempre foi assim. Até parecia o Francis Obikwelu (caucasiano), a cortar a meta pela empresa dentro. Nem liguei aos pombos desta vez. Qualquer dia, trago uma caçadeira e pratico tiro livre. Estou a brincar.
Como sempre, sou um dos primeiros a chegar aqui. Tirando os colegas que entram às 08.30h na secção do atendimento ao cliente e tesouraria. Que manhã calma, que dia de trabalho ligeiro. Não se fez muito, ou nada. Aproveitei para trocar dois dedos de conversar com uma amiga/colega de licenciatura que também está a estagiar e pouco mais. Ahh e também troquei, igualmente, dois dedos com a minha colega daqui, da frente. Foi animado. Descobrimos que temos um “dealer” a percorrer todos os dias as ruas da cidade, e sempre que pára num daqueles bancos de madeira à frente empresa, está a tramar alguma.
O esquema é simples. Se ele trouxer uma revista debaixo do braço e a começar a ler, significa que está prestes a entregar a mercadoria. Se não houver objecto de leitura, hoje, então não há nada para ninguém. Belo esquema. Simples, mas de caras para quem o vê diariamente.
Na brincadeira, aqui nos corredores da empresa, dizíamos assim “não temos livros, levamos dossiers”, pode ser que dê. Quem sabe. Em tempos de crise interessa é vender o produto. Foi este o divertimento da monótona Quinta-Feira.
Perguntei à boss se haveria trabalhinho para mim, mas ela disse que não. Aquele problema que vos alertei da outra vez, consumiu algum tempo e por isso, não tenho nada. O que querem que vos diga? Outlook, estás dispensado. Mas aqui, eu, tenho de cumprir o horário. O que não é nada prático. Nem nada “fixeee”. Prefiro ter trabalho, “stressar” com ele, mas no fundo estou ocupado. E o tempo passa ligeiramente mais depressa.
O spot de almoço, continua a ser o mesmo. Só que desta vez, experimentei outra mesa. A comida contínua fantástica e a simpatia, acima do nível exigido. É só entrar à porta, que sabem logo o que quero. Impressionante.
Sei que da parte da tarde, ocorreu um funeral por estes lados. E todos os “boss’s”, zarparam da empresa. Devia ser alguém conhecido, talvez. Que descanse em paz. Por aqui, isto também parece um velório, hoje. Sossego, pacatez, lentidão e algum sono, são as directrizes primordiais.
Ao final do dia, para ser diferente e quebrar a rotina, fui a pé para casa. São sensivelmente, uns quatro quilómetros. Não demorei mais que 30 minutos. Fazendo estas contas complicas, bem, se saí daqui às 17.30h, quer dizer. Saio sempre um bocadinho depois, e se às 18.02h já estava por casa, humm… a conclusão que retiro é que sou um relâmpago. E ainda apanho uma grande descida e uma grande subida. Não vi muitas pessoas pelo caminho, quase tudo de carro, com o vidro aberto e cabeça de fora. Parecem cães, a morrer de calor. E eu, a pé. A curtir o som do Shuffle. Sabem que mais, vou formatar um portátil assim meio antigo que me pediram. E depois, dormir, que bem preciso. Ultimamente.
Desejo que o dia de amanhã seja mais animado. E com trabalho para me ir ocupando.
Não é que falte vontade de escrever, não falta. O que falta são coisas para vos contar. Non pasa nada. Qé pasa? Nada.
Hoy, aqí me voy guapos. Arriba.
Andrés Marquêz. (Para ser diferente).

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